sexta-feira, 30 de julho de 2010


Mais uma vez começo com um “por que”...
Porque estou tão desanimada, parecendo estar bem para os que estão em minha volta se sintam bem?Não consigo nem definir quais dúvidas me aflige. Quando estou entra meus amigos há um misto ( algo como fazer uma vitamina no liquidificador, onde vários ingredientes se misturam tornando-se apenas um) de sentimentos. Mas quando chego em casa, parece que cai um manto de melancolia sobre mim, e no meu quarto que é onde se resume minha monótona vida quando atravesso a porta desta casa em que vivo, deito em minha não tão confortável, porém, aconchegante cama e meus pensamentos parecem criar vida, parecem que falam comigo, me dão conselhos de como agir, me fazem rir do inusitado, imaginar o imaginável, planejar algo totalmente insano e sonhar os meus desejos mais secretos, tudo isso por uns instantes se torna totalmente possível e logo abro meus olhos que estavam tão docemente fechados, e caio em minha realidade e tudo que acabei de ter vivido no meu mundinho das maravilhas morre aos poucos com o desperta dos meus olhos que parecem não possuir vida enquanto olho intensamente para o teto que está sobre mim, então como um sopro de vida sinto uma lágrima rolar em meu rosto saída de um daqueles olhos que pareciam já estar mortos, e enquanto a lágrima corre lentamente em meu rosto e logo molha meu travesseiro, chamando mais lágrimas a se unirem a ela, fecho novamente meus olhos e lá estão todos de volta, meus queridos pensamentos, minhas tão doces lembranças e minha querida amiga a imaginação, há não posso esquecer do meu pequenino sonho que é o mais apegado a mim, eles pegam em minhas mãos e me convidam a novamente me unir a eles e assim fazem com que um riso que logo torna-se uma gargalhada nasça em meus lábios. Eles me deixam voar tão alto que nenhum monstro (que todos inclusive eu também chamam de realidade) consegue me alcançar, e tudo acaba parecendo tão possível e simples, como se a única condição para que o que desejo se torne realidade, fosse apenas minha vontade, eles sopram em meus ouvidos que “eu posso’ repetidas vezes, mas pensamentos negativos penetram em minha mente como uma enorme agulha penetra um frágil bracinho de uma criança, então de repente começo a voar casa vez mais baixo , me desespero pois já começo a ver aquele terrível monstro cada vez mais próximo de mim esticando seus braços com enormes garras umas mais afiadas que as outras pulando cada vez mais alto...e mais uma vez ele consegue me puxar para junto dele, mas como um monstro terrível que é me puxa aos poucos para ver me debater e pedir para voar só mais um pouquinho, choro pedindo para me deixar ir, pois, eles continuam me chamando para junto dele, como ultima esperança peço que me ajudem, que me tirem de perto daquele monstro tão feio e fedido, mas eles não se movem, dizem temê-lo , que o monstro é muito forte e não quer que os sigam até o seu maravilhoso mundo onde eu acabara de estar.Então conformada me deixo ser abraçada por aquele terrível e imundo monstro que sorrir maldosamente cada vez mais ao olhar meus rosto se entristecer, envolta em seus braços, e com suas terríveis garras pontiagudas e laminadas força meus olhos a se abrirem, mas os permaneço fechados com todas as minhas forças, mas as lâminas são muito afiadas, a dor se torna insuportável, então os abro e como uma criança frágil e desprotegida e novamente cheia de dúvidas e medos, pego em sua mão e me deixo ser guiada mais uma vez pelo meu velho e temido monstro.

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